quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Don Casmurro de Machado de Assis



Capitu traiu mesmo Bentinho?

Essa, com certeza, é a pergunta mais interessante que eu quis responder, vez que, com toda a habilidade de Machado de Assis, torna-se quase impossível responder a questão primordial do livro.

Capitu, é uma personagem singular em alguns aspectos e muito parecida com a maioria das mulher em outros. Ela guarda infinito mistério nos olhos de ressaca, como dizia nosso finado amigo José Dias. Não é novidade, que foi esse mistério, essa incógnita de personalidade que atraiu Bentinho. Ela sempre fora alguém que não se podia prever uma atitude e isso fascina.

Nosso Bentinho, por sua vez, sempre fora um sujeito indeciso; um submisso ás atitudes da mãe. O que o fazia melhor, era sua imaginação. Talvez ela, houve de traí-lo quando lhe forçou a deduzir pela traição de Capitu, ou não.

Confesso que mesmo admitindo a traição de Capitolina, senti pena dela. Ela conseguiu, com seus gestos e atitudes de mulher ainda que adúltera, mas íntegra (e como conseguiu?), ludibriar-me; acho que a todos que a conheceram nas páginas de Dom Casmurro. Ela é mesmo um mistério.

Quando Bento, não suportando mais a presença da esposa a manda para a Europa junto de seu suposto filho, ela não repudiou; não reclamou. Defendeu-se com elegância,como todas as mulheres devem fazer. Ela foi, de longe e sempre, superior a Bentinho e acabou morrendo com sua dignidade intacta. (mesmo adúltera aos olhos do marido).

A questão principal não foi se Capitu traiu o marido, mas sim como ela pôde fazer isso, se fez, e manter toda a beleza e dignidade que tivera antes. Vai aí, ímplicita, como muito que há nas letras de Machado, uma dica para todas as mulheres. Para nós leitores, fica a admiração.

Contudo, mesmo achando irrelevante a traição, vou argumentar pelo que acho. O menino Ezequiel tinha as fuças do amigo morto Escobar, segundo Bentinho. Um pai, de acordo com minha experiência, reconhece seu filho e Bentinho não viu Ezequiel como tal. Capitu sempre fora senhora em dissimulação, vide o início do livro, quando dissimulava os beijos com Bentinho. Porquanto, era misteriosa e para quem esconde-se em si, não se pode concluir tanto para bem quanto para mal.

Por outro lado, Escobar sempre me pareceu muito leal ao amigo. Não acredito, que teria coragem de traí-lo dessa maneira. Mas não podemos deixar de atentar para o fato de o falecido ser comerciante e essa raça é de atos suspeitos, digamos assim. Enfim, não há como atestar com veemência se houve adultério ou não. Contudo, torna-se desnecessário sabê-lo, bastando a possibilidade de existi-lo e mais: Bentinho tornou-se vilão e a adúltera vítima e mocinha. Palmas às mulheres!

domingo, 24 de outubro de 2010

Direitos autorais: Conheça o Creative Commons


Dia 11 deste mês o Creative Commons lançou sua marca de domínio público, mais uma ferramenta disponível aos autores no licenciamento de suas obras. Você autor, já ouviu falar nesta organização e suas licenças?

Creative Commons é uma organização sem fins lucrativos que disponibiliza diversas licenças para obras intelectuais, para tornar o direito autoral menos restritivo e estimular a criatividade dos autores. Isso não significa abrir mão da propriedade intelectual, pois o autor escolhe as condições de uso de sua obra, entre as diversas combinações que surgem ao responder a duas perguntas: Se você autoriza o uso comercial de sua obra e se você permite alterações na sua obra. O processo é rápido e o site ensina como incorporar os logotipos da licença escolhida ao seu blog. Você pode incorporar as licenças em um livro impresso ou um CD também.


Para quem tinha receio de publicar um texto na internet com medo de ter sua obra copiada, as licenças do Creative Commons são uma segurança a mais. Elas já foram traduzidas e adaptadas ao contexto Brasileiro e são administradas por aqui pelo Centro de Tecnologia e Sociedade – CTS, da Escola de direito da FGV Rio. Em casos de violação da licença, o autor que registrou sua obra através do Creative Commons tem respaldo jurídico para assegurar seus direitos.

Muitos escritores usam um blog como base para escrever seus livros, um rascunho ou mesmo um bloco de notas online do qual surgirá uma obra literária. Ela pode ficar protegida bem antes de ser registrada na Biblioteca Nacional e ganhar uma versão impresa, ou virar um livro digital. O mesmo vale para suas resenhas, ou artigos publicados em revistas científicas.

Não existem recursos absolutos contra o plágio, mas licenças como essas são ótimas medidas de segurança para inibir sua prática. Você já pode deixar aquele caderno de apontamentos ver a luz.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Publicando: Editora Draco




Nesta postagem da série "publicando", vamos conversar um pouquinho sobre a Editora Draco, até conhecida do pessoal que deseja iniciar carreira literária. Quando se fala nesta editora, é inevitável não associá-la ao gênero literário fantástico e daí o seu grande sucesso e procura. Atualmente há uma grande produção literária relativa à fantasia tanto em nosso país quanto fora dele e isso se dá porque os leitores estão interessados neste tipo de leitura. Eu também acho muito legal literatura fantástica!

O que você quer saber é como ser um autor da Editar Draco, não é mesmo? Pois bem, para começar esta editora preza muito pela qualidade dos textos e pelo cuidado que o autor tem com eles. É importante que antes de enviar seu original para a editora, você o tenha bem diagramado, em tamanho A4 e em fonte legível. Revise o texto você mesmo, ou peça para alguém fera em português fazer isso para você, antes de enviá-lo, está bem? Acho que este tipo de cuidado é prudente para enviar original seja qualquer editora. Lembre-se: o empenho que você emprega no texto é sentido pelos editores.

Depois de deixar o texto certinho, você deve enviá-lo por e-mail à editora. Eis o endereço:

Daí vem a parte chata da história: esperar pelo menos seis meses para saber se seu livro foi aprovado. Transcorrido este período e nada de resposta considere que seu original não foi aprovado pela editora. Você só vai receber alguma resposta caso ela seja positiva. Alerto para o detalhe importante: o tempo mínimo para avaliação é seis meses, o que significa que pode demorar mais que isso para você receber uma notícia positiva.

É possível enviar originais pelo correio, mas a editora aconselha a não fazê-lo, pois por meio eletrônico a avaliação se dá de maneira mais eficiente. Não é possível saber com certeza se o autor arcará com algum custo de publicação caso seu livro seja aprovado, mas presumo que não, dada as informações contidas no site da editora. Assemelham-se ao padrão editorial em que o autor não paga nada para publicar e tem direito a uma porcentagem das vendas de seu livro.

Quer conhecer as regras de publicação na íntegra?

Minha opinião é que a editora apresenta um catálogo de obras muito interessantes e trabalha bem a divulgação de seus autores. É uma opção a se considerar para os novos autores, ainda que pareça demorado o tempo de avaliação. A paciência é uma virtude que o escritor tem que aprender a ter, caso ainda não tenha. Que está esperando? Arrume seu texto e mande para a Editora Draco!

Até a próxima postagem!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Outra Face de Sidney Sheldon


Um psicanalista pode sofrer de paranoia ou estão mesmo querendo matá-lo?


O renomado médico psicanalista Judd Stevens encontra-se em delicada situação depois do assassinato de John Hanson, um de seus pacientes. Para complicar, no mesmo dia morre sua secretária Carol Roberts. Como se não bastasse, a polícia desconfia do “bom doutor”, dada a intimidade dos crimes e não o ajuda a descobrir a verdade: alguém quer matá-lo, mas quem e por quê?

No decorrer da trama, Judd se encontra em um terrível impasse: poderia estar sofrendo de paranoia e imaginando que alguém queria tirar-lhe a vida? Os assassinatos de Hanson e Carol poderiam muito bem não ter qualquer ligação. Mas e se tivessem? E se a ligação fosse ele? No intuito de descobrir se estava mesmo mentalmente doente, o doutor começa a investigar por conta própria e a fundo as mortes, acabando por se deparar com a surpreendente verdade que não nos cabe revelar.

Certa vez, ouvi uma entrevista de Sheldon dizendo que nunca imaginou que seus livros fariam tanto sucesso. Que tinha em mente apenas escrever boas histórias e que o sucesso foi em sua vida uma surpresa. Dizia que tinha o “dom” para fazer aquilo. Mesmo contrariado, tenho que admitir que senti mesmo “algo a mais” nas palavras deste escritor. Como se a história fosse leve, fluente e feita especialmente para me prender. Simples, inteligente e muito bem construída em cima de muito suspense. Recomendadíssimo.
Outro ponto importante e que tenho sempre comentado aqui é o projeto gráfico. Este livro é feito em tamanho comum e possui fonte em ótimo tamanho para leitura. Senhores escritores, muita atenção para o tamanho da fonte! Façam-na grande para dar clareza e facilidade a nós, leitores. Sheldon e sua editora fizeram isso e boa parte da leveza do livro se deve a isso. É um detalhe bobo mas que faz toda a diferença.
O livro que comento é uma obra-prima da literatura mundial.

Consagrado em diversos países e de fácil comércio. Você pode encontrá-lo em qualquer livraria do nosso país e deve ficar atento ao título do livro, já que a imagem de capa não tem nada a ver com a história. Fica a dica, uma ótima dica!
Até a próxima resenha!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A importância do registro de uma obra - parte 2

Olá caros amigos e caras amigas. Dando continuidade ao post sobre o registro de obras, repasso o e-mail que envie a Biblioteca Nacional e recebi desta.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A importância do registro de uma obra - parte 1

Olá a todos. Ao som da trilha sonora de Gattaca, A Experiência Genética, escrevo meu primeiro post tem como referência um assunto específico que, para mim, é de suma importância: o registro de obras - livro, poesias e outros tipos - na Fundação Biblioteca Nacional (http://www.bn.br/) com sede no Rio de Janeiro/RJ no endereço Av Rio Branco 219 CEP 20040-008. Mas você pode estar se perguntando por que esse tema?

Ora, é simples - como a escolha da trilha sonora. Como escritor eu sei o esforço que representa escrever uma estória ou história. Há todo o envolvimento, o desenvolvimento, a satisfação, a realização e a estruturação, por parte do autor ou autora, com o que está sendo criado ou foi criado. Algo realmente belo. Contudo, há no mundo pessoas que não medem esforços para obter mérito pelo demérito de outrem.

Quão triste ou desagradável deve ser o momento no qual se descobre que seu trabalho e suor tem outro dono? Infelizmente isso acontece. Para mim, por dois motivos. Um já foi citado. O outro é a desinformação acerca do processo. Eu compreendo tal ação, mas creio que é necessário mudar esse pensamento e essa atitude, pois o tempo atual - de grande exposição cultural através da internet - de certa forma exige isso. Nos próximos dias, eu continuarei o assunto, falando sobre o processo em si, os escritórios regionais e o registro de obras em estados que não têm um escritório regional.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Olá a todos. Sejam bem-vindos. É como muito prazer que lhes apresento o Blog Expresso dos Escritores Amadores. Um lugar de passagem, promoção, debates, informações importantes, ajuda e colaboração, onde o principal objetivo é estimular a cultura e a criatividade.
Um lugar para todos que tem a vontade de se tornarem escritores profissionais. Sintam-se em casa. Ótimo dia.